O trem que saiu da estação...
O trem
parou naquela estação...
Ele trouxe
em sua mala o peso de não saber a estrada a seguir.
Vi em seus
olhos o brilho de um menino que, embora perdido, teimava em acreditar nos
super-heróis. Então estendi as mãos.
Num gesto
de confiança, sorriu, mesmo em meio à dor que o embalava.
E o trem
deixou a estação...
E seguimos
sem saber para quais estações estaríamos sendo levados.
Meu coração
tranquilo sorria por conhecer o Maquinista.
Chegamos a
uma nova estação. Descemos. E vi que minhas mãos balançaram um adeus, ainda que
meus braços, frouxos, não tenham se erguido – Ah... como eu queria que seguisse
comigo nessa nova estação!
Mas a Viagem,
quem a pode dominar?
E meu
coração chorou frente ao novo trem que avistei ao longe...
Mas, amigo,
levarei você sempre comigo e sei que me carregará para suas outras estações,
como sei que na mala, agora, leva a esperança de quem sabe o Caminho.
Então,
hesitante, olhei você, seus olhos se anuviaram de tristeza, segurei suas mãos
com força... dói deixar quem aprendemos a amar.
...
E o meu
trem apitou... meu coração silenciou... já era hora da partida.
Ainda
segurei suas mãos firmemente entre as minhas.
Mas segui
no conforto da amizade que nos deu o maior de todos os laços, e fez, em nós,
nós, sem nenhum espaço.
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