Existe uma luta entre o que sei - razão, e o que sinto - emoção.
Que arena é esse meu coração. Diante desta realidade, escrevo para acalmar a
alma.
Barco e o porto
De repente um vento tempestuoso agita meu frágil ser.
Algo dói, mas que dor é essa?
Como um abraço que rouba todo o ar,
Sufoco-me com o incontrolável que brota.
E assim me contemplo.
Contudo, meu coração se inquieta no alto mar.
E mesmo vislumbrando ao longe o Farol que me guia, me agito,
frente as ondas geladas que insistem, em mim brotar.
Ah... essa hipotermia da alma paralisa em mim o desejo de
continuar...
E as certezas que antes aquecia minha alma frente as ondas
de fora, são levadas ao fundo desse mar gelado que brotou... onde?
E assim me contemplo.
E enquanto olho... percebo... uma inquietude borbulha como uma mina cercada
por mata ciliar, então percebo, a vida
que almejo ter também jorra...de onde?
E meus olhos se distrai por um instante desse mundo que
trago,
E vejo o Farol acenar o caminho a minha frente...
Há beleza no mar que se agita, tanto quanto no mar que se
acalma,
E me descubro barco guiado, nesse imenso mar que é a vida.
Interessante texto! Mil leituras e interpretações. Gostei.
ResponderExcluirPaulo muito obrigada. Um texto se torna mais do que é, quando o outro, o leitor, se encontra ou se perder em sua leitura.
ExcluirMuito bonito isso Roseli. Fiquei com vontade de ler mais.
ResponderExcluirNossa que coisa maravilhosa é receber um elogio de quem admiramos no manejar das palavras. Esse texto foi escrito a tanto tempo... Porém vou atender o seu pedido e escreverei mais desse Barco e desse Porto.
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