Poema escrito no dia 04/05/2010, quando minha mãe corria
risco de amputar a perna.
Pedras que roubam o chão onde piso.
Pedras que quebram e deixam um vazio pra sempre,
Pedras que não podem ser mais lapidadas, e, jamais, nem o
mais hábil escultor dará forma.
Ah... O meu coração estremece diante da roda do tempo que
não para nunca e que acolhe as pedras que brotam do nada e do tudo.
Tenho medo das pedras...
Das que me machucam os olhos até que eu veja a dor de ser
tão frágil, tão pó.
Das que roubam passos, sorrisos e sonhos.
E assim eu sigo...
Ah... Essa roda do tempo que não para nunca e que acolhe as
pedras que brotam do nada e do tudo.
Pedras que me dizem que a vida pode ser tão dura... E que
aperta o peito.
Então meu grito por
um momento faz calar minha dor: O que se pode fazer com a Pedra que não podemos
remover do caminho?
Pedras que me movem na sensação, de não ser nada frente ao
absurdo de acreditar que, o que tenho é meu.
Pedras lançadas a sorte? Eis as Pedras... É dor frente ao
medo de dar conta do olhar que se distancia pro futuro, perguntando cadê o
membro que se perdeu? Cadê o membro que já não é meu.
Ah... Essa roda do tempo que não para nunca e que acolhe as
pedras que brotam do nada e do tudo.
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