Frágeis são as pétalas de uma rosa que admiramos ao longe, ou quando perto podemos tocar. E, sem aspirar desconfiança, nos perguntamos para que ser tão bela se seu destino é êfemero?
Talvez, essa dor surja porque na beleza reside uma espécie de encantamento, uma sedução que os olhos não resistem, antes, se entrega na fração do tempo, o coração que se esconde.
E se seguimos embevecidos, a razão perdida fica, para a magia do que se apresenta. Contudo, o feio não se rende, brinca de pique esconde também no coração da gente.
E refém da sua falta de harmonia, o feio, que carregamos dentro da gente, derroca o encantamento da vida, como uma tempestade arrasta tudo o que encontra a sua frente. E podemos seguir vestidos com a nossa roupa mais bela, com o nosso sorriso mais pensado, mas o olhar, quem pode não o vê? Ele expressa a dor que em vão ocultamos sobre nossas palavras mais leves.
E o que antes era admirado, agora, desprezado é. E a flor que embalava os sonhos de outrora, provoca, no hoje, a amargura que cobre com o seu véu mais pesado, a alegria que nos fazia seguir contemplando a beleza que a vida nos presenteia em nossa jornada.
E vivemos a vida com a possibilidade fúnebre do feio vencer o belo.
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