Dia 13 de abril foi dia do beijo. E beijar de fato é melhor que escrever sobre o ato. Mas, eu não poderia deixar de escrever sobre.
Dizem que beijar acalma as dores... E que os lábios ao tocar outros acende a paixão que está guardada. É que a boca guarda tantas estradas que nos levam ao abraço mais estreito, ao toque que se torna fogo.
O beijo é o íntimo que se torna público, na busca de encontrar em si mesmo os lugares que se desejam partilhar com o outro uma vida inteira. Não é peça de um e noventa nove, é artigo raro e dado a quem se quer pagar todos os preços.
E, dos mistérios que o comum guarda, o beijo é o casamento de almas que se dedicam sem nenhuma reserva, fazendo da exclusividade a cumplicidade dos que se encontram na alma e nos lábios.
Mas, o beijo é também dado com as primeiras intenções. É a busca incerta da intimidade, que o humano anseia construir ao longo do caminho... é amizade, é fraterno, é ato que se faz com reverência diante do que nos é oferecido. É amor demonstrado sem nenhum preço, quando o que ser quer é andar pelas pontes, onde as relações se fazem possíveis.
O beijo, esse manjar que experimenta quem se entrega sem medo, é selo de que entre eu e o outro nasceu a possibilidade de jorrar os amores.
E o que seria da vida sem os amores?
Seja o de pai, ou de mãe, seja o de irmão, ou do colega de trabalho, seja dos amigos que escolhemos e por eles fomos escolhidos, seja o amor que seguramos com paixão. A vida não seria sem os amores.
Beijar? Quem me escolhe? Ou a quem vou escolhendo pelo caminho?
Eu sou aquela que procura entre tantos, os que posso beijar pra vida inteira. E ao viver eu descubro que preciso de todos os amores. E você?
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