Depois de um dia inteiro no hospital, graças a Deus, para acompanhar meu pai em uma cirurgia simples e que foi um sucesso, ao sair fui visitada por uma dor de cabeça que nunca havia sentido antes.
Como psicóloga que sou, fiquei buscando saber dentro dos limites que a mim é permitido, o que provocou tamanha dor de cabeça. E, após rasa investigação pude perceber que ela começou depois da conversa com meu irmão. Conversar com ele é sempre bom, mas o conteúdo do nosso diálogo foi sobre coisas que eu não consigo resolver, e que de verdade gostaria muito.
E me senti, o que sou, impotente diante das situações da vida. E minha alma cansada do que não consegue fazer, explodiu em uma dor de cabeça.
Cheguei em casa exausta, e foi tão bom quanto tomar água quando se está com sede. Meu marido, com seu jeito doce e companheiro, logo preparou algo para que eu comesse. E deitar em minha cama e dormir foi o meu melhor remédio.
Hoje, ao acordar, fiquei pensando que viver é não resolver um monte de coisas. é aceitar que não controlamos nada.
Desculpe-me os humanistas que acreditam que o poder está dentro de nós, até creio na escolha humana, mas o humano depende de tantas coisas as quais nada tem haver com o seu poder de escolha. Tornando assim o poder de escolha utópico, nessa vida que nos trás e leva o que quer.
E, quem sabe um dos segredos para viver bem seja aceitar os limites do que se pode ou não fazer.
Sei que minha dor de cabeça não retornou, e acredito que minhas reflexões me trouxeram de volta a leveza da alma.
Nem sempre o pensar dói.
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