segunda-feira, junho 19, 2017

Na rodoviária da vida


Por muitos anos clamamos a Deus por um milagre. Mas, o que acontece com o todo Poderoso que se cala?
Perguntamos: Irá o Senhor nos rejeitar para sempre? Jamais tornará a mostrar-nos o seu favor? (Salmo77:7). E, tantas vezes no desespero dormimos, na cama feita pelas nossas lágrimas. 
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.


O coração cansado, fica como o viajante que sabe o destino, porém, sem encontrar passagem, sabe que o que lhe resta é esperar o próximo trem. Nenhuma outra passagem o levará de volta para casa. E não tendo o que fazer, senta e espera. 
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.


E somos lembrados, que não se ouviu falar do Deus como o nosso, que trabalha por aquele que nele espera, entretanto, a alma no desconforto do banco da rodoviária, se inquieta. (Isaías 64:4)
E o silêncio de Deus, sem misericórdia corta, a alegria do agora.
Tornando difícil o descanso, quando não há aviso, de qual é o ônibus que nos trará a resposta.
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.

E sentados, ficamos a olhar o caminho. Nada resta a fazer. A mala ao lado é pesada, e os nosso braços estão frouxos por tê-la, um dia carregado. Pensamos, 'buscarei alguém para dividir o fardo', mas descobrimos que há bagagens tão íntimas, que não podem ser compartilhadas.
E o tempo, no descompasso, passa, e nada.


Um dia, onde nada se pôde fazer, nos encontramos descansados.
Quase esquecidos... do ônibus tão esperado. 
É que vimos Ele chegar, por uma rota que não era a aguardada. E o tempo que pareceu fora do compasso, agora, passa, no consolo da sua presença na alma.




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