Um vídeo no youtube me
despertou para a realidade de que um diagnóstico pode ser fatal.
Pense comigo, se em algum
momento a doença se torna um instrumento para despertar a atenção de alguém, e
isto provoca um sentimento de amparo, segurança, de ser visto, a pessoa pode,
ainda que inconscientemente passar a viver em torno da sua doença, para manter
o que está recebendo. Chamamos isto de ganho secundário.
Quando uma pessoa posta
vídeo para contar como venceu a doença é certo que ajuda outras pessoas, mas se
apenas quer fazer conhecido seu estado de sofrimento, para assim receber
atenção, temo por sua saúde mental.
Quando Jesus se encontra com
aquele paralítico a 38 anos, Ele pergunta: Você quer ser curado? Sua pergunta me
intrigou por muitos anos, contudo, compreendi que ela traz a revelação de uma
das possibilidades sombrias do coração humano. Podemos nos conformar com as
nossas situações ao ponto de não querer ajuda, de construir nossa história em
torno do que nos faz tão mal e nos rouba a saúde, porquê assim, ganhamos a
companhia e atenção de alguém por algum tempo. Como aquele doente que
encontramos no semáforo que nos mostra a perna machucada e propomos ajudá-lo na
busca de tratamento, mas ele se recusa e ainda fica bravo, porquê fez da sua
doença o seu ganha pão.
No vídeo que assisti, uma
moça bela diagnosticada com a tag-transtorno de ansiedade generalizada, me
pareceu estar tão confortável em postar vídeos sobre sua doença, os quais são visualizados
por milhares pessoas, que tive a sensação de que a atenção recebida a mantém vivendo
em torno do seu diagnóstico. O que desejo, sinceramente, ser apenas uma
impressão.
Mas, é sempre perigoso os
rótulos. Por isto, cuidado ao receber diagnósticos, ou a se diagnosticar. Remédios,
venenos, produtos de limpeza e outros precisam de identificação em seus frascos.
O humano necessita, dentre outras coisas, de informações para vencer suas
dificuldades.
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