Se
desejas conhecer-se, não podes negar seus ascendentes, antes, é urgente acolher
a história deles para compreender quem você é.
Quando
fui de encontro a minha história familiar, descobri que meu pai quase nada
sabia do meu avô, e pude compreender que embora não tivesse nenhum modelo,
conseguiu cumprir bem sua missão de ser pai.
As
críticas advindas da adolescência perderam todo o sentido quando fui capaz de
visitar sua história para compreendê-lo, em mim brotou um profundo respeito,
ficando mais fácil obedecer ao princípio bíblico de dar a ele a honra.
Sei
que não é um processo fácil nos depararmos com as escolhas dos pais que nos
feriram. É muito difícil deixar de lado o juiz que habita dentro da gente.
Temos costume de sermos implacáveis com os erros dos nossos pais, os apontamos
sem nenhuma empatia. Sem tentar compreender, gritamos nossas dores e fazemos
nossas cobranças sem prestar atenção que eles também têm os seus gritos, pois também
foram feridos, e muitas vezes, muito mais do que nós.
E,
quem sabe talvez marcados por algum transtorno psiquiátrico, algum abuso sexual
ou psicológico, pela vida dura que não permitiu eles serem crianças, pela
ausência dos seus pais... e tantas outras possibilidades neste mundo, onde o
caos tantas vezes se instala, eles tomaram caminhos que não conseguimos
aceitar.
Eles
são culpados? Sim!
Entretanto,
quem pode atirar a primeira pedra?
Eles
erraram, nós erramos e erraremos, nossos filhos errarão, e somos todos
culpados.
Entretanto,
Jesus Cristo nos ensinou: ‘Não julgueis¹’.
Sei
que suas palavras são tão fáceis de compreender como complicadas de obedecer.
Mas, quem busca obedecer este ensino, experimenta a misericórdia pelo outro,
tornando-se livre da amargura, da ingratidão e do não reconhecimento.
O
maior resultado que vejo em mim desta visita a minha história, é a recuperação
da minha segurança interna. Sempre sonhei ser psicóloga e escritora, contudo,
trazia um medo terrível de não conseguir, entretanto, quanto mais dou a meus
pais a honra, mais confiante me torno diante da vida.
Portanto,
quando somos restaurados na confiança interna do que podemos ser e fazer, nada
mais nos segura e nos tornamos capazes de recriar a nossa própria história.
Por
esta razão, vá em busca deste caminho onde o julgamento não impera, onde a
aceitação é instrumento certo que te ajudará a cada dia dar a seus pais, a
honra.
E
para quem honra os pais, há uma promessa de que o caminho será bom. Creia.
Parabéns amiga... continue sendo instrumento de Deus em nossas vidas.
ResponderExcluirQue palavras boas. Obrigada. É bom demais saber disto.
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