A minha grande dificuldade para executar alguns exercícios no
crossfit são os meus joelhos. Ora um melhora, ora o outro emburra.
Já fui ao ortopedista, fiz fisioterapia, sigo as orientações
dos coaches. Faço os exercícios com as bands para fortalecer as pernas, não
executo aqueles que produzem maior impacto, uso gelo e com muita tristeza e
resistência guardei os saltos. A única coisa que ainda fujo é da dolorida liberação
(a Márcia que o diga rsrsrs).
Os vilões dos meus joelhos são a minha amada psicologia e o
tempo que passo escrevendo, e não o crossfit como alguns pensam. Entretanto, se
não fosse à perseverança de ir ao CT Skill Box eu já estaria entrevada, com certeza.
Lembro que para conquistar a graduação tive que aguentar o
cansaço, dificuldades financeiras, barulhos durante as aulas, trabalhos em
grupos que poucos queriam fazer, professores ruins,
outros mais ou menos, alguns exigentes demais e dias e dias sentada em cadeiras
duras e salas quentes. Porém, quando peguei o canudo na mão, de um curso que
sonhei a vida inteira, pensei que ia explodir de tanta alegria e gritei: Valeu a
pena.
E não tem jeito, as dificuldades fazem parte da vida. Elas são muitas vezes como o “burpee”, exercício complexo
e nada fácil.
O “burpee” começa com agachamento, com as mãos apoiadas no
chão, em seguida as pernas são jogadas para trás e volta a posição de
agachamento, finalizando com um salto com os braços levantados para cima. E
ficamos suados e cansados rapidamente ao fazê-lo. Porém, o “burpee” trabalha muitas partes
do corpo, define os músculos, ajuda desenvolver força e resistência, aumenta a
freqüência cardíaca, auxilia no equilíbrio e coordenação e dizem que pode
queimar até 300 calorias em 30 minutos.
As dificuldades da vida trabalham os músculos da alma, nos
colocando em movimento, em busca de novos caminhos, nos mantendo de pé no barco
diante do mar bravio, nos ensinando a calcular e pagar o preço de adiar os
desejos, nos fazendo aguentar o gosto amargo do
remédio até que a cura chegue, nos fortalecendo a vontade de levantar da cama
quente na manhã de inverno, e nos levando a zombar da preguiça e cruzar o
portão rumo a academia.
Tantas vezes as dificuldades são presentes da vida que não
gostamos, entretanto, ao não nos dobrarmos a elas, produzem em nós à ilustre
perseverança.
Os meus joelhos, por vezes me desanima e irrita, contudo, já percebi que perseverança é qualidade a tecer os vencedores.
Quem dela não se apartar no
crossfit evolui cada vez mais nos complexos exercícios.
Na vida, a perseverança faz os
guerreiros estrangular o eu não quero, eu não gosto, eu não vou fazer isto,
calando as murmurações, espantando os desânimos e os desafetos. Ela torna o
sonhador realista, sem deixá-lo perder a alegria de perseguir o seu foco.
Na perseverança conquista-se os
sonhos.
Por está razão, vamos perseverar!
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