Minha formatura em psicologia, um sonho de infância |
Esta foi a minha série mais longa no blog. Ela foi instigada pela pergunta: Por que o humano nunca está satisfeito como é e com o que tem, desejando sempre ser como os outros?
Penso não ter respondido esta questão em virtude da sua complexidade. Todavia, de forma consciente ignorei a inveja como tema, pois meu objetivo foi despertar nos leitores a capacidade que creio que todos possuem, a de construir suas vidas.
Meu objetivo ao escrever, foi
dirigir para dentro o olhar teimoso que se faz para fora. Pois é o olhar que se
investiga que poderá descobrir o seu propósito nesta jornada fascinante que é a
vida. E, sem descobrir-se ninguém se faz enquanto caminha.
O que percebo é que a maioria das
pessoas não sabe bem para onde ir e passa a desejar o que o outro é e tem,
porque o seu caminho não está claro, patente, concreto. Talvez por isto a vida
do outro lhe dá algum norte, direção, ao se tornar objeto de admiração e
inveja, tantas vezes. Contudo, todos nós temos talentos, dons, vontades,
sonhos, oportunidades.
Todos os textos da série tiveram
como objetivo despertar a realidade de que o humano pode alcançar o que deseja
se respeitar os princípios que norteiam a vida, como por exemplo, dar honra aos
pais. Também de tornar claro que os humanos são tantas vezes dominados pela
autossabotagem, sendo necessário dela ter consciência para vencê-la. E, levar
os leitores a repensar sua organização e planejamento de vida, para aproveitar bem o tempo e construir a vida que
deseja.
o problema não é desejar ter coisas que as
outras pessoas tem ou querer alcançar muito do que elas são. Acredito que não
há nada de errado com os corredores que desejam alcançar ou quebrar o recorde
do Usaim Bolt. O problema é não reconhecer quais são capacidades e
possibilidades recebidas do Criador e vivermos insatisfeitos o tempo todo com a
vida.
Em certa medida, a insatisfação
pode nos levar a agir e buscar novos caminhos, mas, também pode nos paralisar e
nos fazer crer que o milagre ou a sorte é só para o outro. Quando assim cremos
o nosso coração se torna terra fértil para que a inveja floresça. E dominados pela
inveja não construímos nada que de fato valha a pena.
O grande segredo de construir a
vida que desejamos consisti na difícil arte de nos tornarmos responsáveis por
todas as nossas escolhas, tanto quanto de sermos capazes de aceitar as coisas
que não podemos mudar. É um difícil equilíbrio. E vamos precisar de muito tempo
para alcançá-lo.
Mas, o que importa é não
desistirmos de ser quem desejamos ser, pois a vida que recebemos para viver é presente
com data de validade, a qual não nos foi informada. Então, faça de você o
melhor que pode ser. Honre a vida que recebeu. Não deixe de celebrá-la.
Lembre-se: Deus não tem filhos prediletos, e o seu maior presente para
humanidade, Seu Filho Jesus, foi para todos.
Lembre-se, você é único neste vasto
universo, ninguém é como você e ninguém poderá viver sua vida por você.
Por está razão, eu lhe desejo que seja
feliz sendo quem é.
Chegamos ao final desta viagem,
semana que vem inicio uma nova série e aguardo sua companhia.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica
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