Nesta próxima série irei
escrever sobre solidão. Este tema foi sugerido por uma querida leitora do blog.
O mês de dezembro, onde
comemoramos o festivo e colorido natal, os consultórios médicos ficam lotados,
principalmente os psiquiátricos. O que ocorre é que as dores causadas pelas
tragédias familiares, a luta que se trava ao lidar com doenças crônicas, a
saudade de queridos que partiram, mágoas, casamentos desfeitos, a distância dos
amigos ou a falta deles, o cansaço de um ano com muito trabalho, tudo isso confronta
com a realidade de que não será possível sentar a mesa com os nossos familiares
e amigos em alegria e paz.
Nestes períodos festivos, a
solidão pode então encontrar um terreno fértil. Como praga crescer rapidamente no
coração, fazendo brotar aquela sensação interna de que não é possível se
conectar com outra pessoa, de que ninguém pode compreender o que sinto, da
mesma forma em que também não posso compreender o outro.
E nesta insuficiência do
oxigênio da identificação, onde não somos vistos e não vemos o outro, corremos
risco de morte.
Atualmente, a cada quarenta
segundo uma pessoa se suicida em todo o mundo, portanto, em um ano perdemos um
milhão de pessoas. Estudos atuais apontam que 50% dos suicídios têm como causa
a solidão, o que faz com que este tema seja de importante reflexão1.
Penso que a solidão é o
enfarte da empatia, que pode com certeza nos levar a morte se não tratado em
tempo hábil. Por esta razão, acredito ser este um bom momento para escrever
sobre este tema. Veremos suas possíveis causas e como podemos
combatê-la.
Esta série vai ser uma
viagem curta, mas espero por você.
Roseli de Araújo
Psicóloga clínica
Referência:
1. 1. https://super.abril.com.br/ciencia/solidao-mata/
Que Deus nos ajude a amenizar esse sentimento no coração daqueles que estao ao nosso redor.
ResponderExcluirTenho certeza que essa serie ira nos ajudar a fazer isso com mais entendimento.
De coração, eu espero contribuir.
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