Este
texto eu escrevo em homenagem aos coachees Márcia (a minha maior incentivadora
das crônicas da academia), ao Rafael e ao Rodrigo. Também ao Hugo e ao Pedro
que não está mais na Skill Box. Todos me viram tão debilitada, mas acreditaram
que eu tinha jeito.
Meu primeiro aniversário no Cross
No
dia 16 de janeiro fez um ano que estou na Skill Box treinando cross.
Gosto
de relembrar que ao chegar na academia queria me livrar de uma depressão que
não me abandonava há quatro meses. Eu estava lutando com todos os meus recursos
da psicologia, e a psicoterapia não me deixou avançar para quadros mais graves,
contudo, os sintomas não cediam. Exausta, resolvi acatar a sugestão da minha
psicoterapeuta, Maria Beatriz, para tentar fazer uma atividade física de
impacto, antes de me submeter aos tratamentos da psiquiatria. E foi o que fiz.
Estava
na época com 69 quilos, sem nenhum equilíbrio, confundindo direita com esquerda
e tão cansada que não tinha forças para sequer arrumar a casa.
Para
minha surpresa, em uma semana fazendo cross, estava sem nenhum sintoma da
depressão. Não precisei gastar dinheiro com remédios e as consultas caras da
psiquiatria.
Como
foi bom provar a alegria que sempre tive pela vida, a paixão pelas cores e
borboletas. Além disso, adquiri a capacidade de carregar peso que me permite
ajudar minha mãe quando ela por alguma razão cai da sua cadeira de rodas.
Sendo
a depressão uma doença crônica, não tenho ilusão dela estar curada. Contra esta
gigante eu lutei por 17 anos. Porém, em 2018 passei a maior parte do tempo sem
sintomas. Nos poucos dias acordei assombrada por eles fui com alegria para a
Skill Box, sabendo que ao término do treino, estaria bem, e assim foi e tem
sido.
Quando
olho para trás, vejo que a depressão foi ladra a me roubar a vida que eu queria
viver. E só pude calcular o quanto perdi ao viver sem ela neste ano que passou.
Minhas manhãs deixaram de ser uma tortura, meus projetos se tornaram mais
fáceis de executar, não precisei lutar para me sentir segura e tenho vivido com
o otimismo natural que herdei.
Embora
o cross não seja “fácil”, todavia seus benefícios me fazem ir a academia mesmo
nos dias em que estou com a gigante da preguiça.
Brinco
que vou morrer uma “velha crossfiteira”, e tenho fé que Deus irá me permitir. A
Ele sou grata por ter esta oportunidade e por viver com mais qualidade a vida
que Ele me deu.
Tenho
muito para celebrar neste meu primeiro ano de cross. Apenas lamento ter perdido
tanto tempo sendo sedentária. Não ter
levado a sério a importância dos exercícios para o corpo. De atender a minha
vontade de não fazer o que era tão necessário, pois ao procrastinar, negligenciei
onde estava a cura para o que eu tanto ansiava.
Aprendi
de forma dura que o corpo precisa exercitar-se. Ele clama por ajuda para
cumprir seu propósito, todavia, quando nos rendemos a disciplina de cuidar do
corpo, somos nós que ganhamos.
Por
isto, eu digo a você que está lendo este texto: Mexa-se! Não adie o que precisa
fazer. Coopere com sua vida. Ela é o maior presente que recebeu. É mistério que
exige movimento constante. É projeto onde a felicidade pode ser possível.
Roseli
de Araújo
Psicóloga
clínica
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