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Nascemos com a necessidade do colo, do aconchego, do
abraço, do cafuné, do sorriso dos pais e das suas palavras de incentivo.
Crescemos. Portanto, por toda a vida vamos carecer de
relações afetivas que supram essas necessidades.
Quando chegamos na adolescência descobrimos que o corpo é
uma fonte de prazer que guarda lugares que produzem sensações mágicas. É o
despertar do amor Eros.
Este amor floresce com dois grandes propósitos.
O primeiro: Cumprir
o instinto da perpetuação da espécie.
O segundo: Satisfazer
a necessidade do toque – dos afetos.
Este é um momento perigoso. Pois o corpo está pronto, entretanto,
ainda falta muito para que o amor Eros seja vivido de forma a preencher estas
duas necessidades sem produzir estragos. A verdade é que os seres humanos levam
tempo para amadurecer e viver com equilíbrio o amor Eros.
E o perigo está na química explicada pela ciência, que
compara o apaixonado ao doente mental – A paixão altera a percepção da
realidade, podendo produzir um olhar distorcido sobre o que de fato se busca
para preencher esses propósitos.
O que nos leva a considerar o quanto é importante ter
cuidado na hora da escolha do companheiro para se viver o amor Eros.
Sulamita aponta um caminho ao compartilhar que encontrou
um amado cujas carícias eram mais agradáveis do que o vinho. Seu amado lhe trazia alegria. Ele veio para
somar em sua vida. Ele era no mínimo muito educado, pois qual amor que não
guarda em sua prática a educação?
Por esta razão, um recado às mulheres: Não aceitem menos.
Lembrem-se das palavras do padre Fábio de Melo ao dizer que a mulher não deve
aceitar apanhar se compreendeu o quanto foi amada por Jesus na cruz do
calvário.
Na busca pelo amor Eros é preciso buscar quem vai
respeitar a necessidade humana das “carícias agradáveis”. É preciso tempo para
encontrar aquele ou aquela à qual vamos pedir que ‘nos leve para sua recâmara’,
pois, a intimidade do quarto, só é vivida com alegria se o trato diário for
cheio de ternura.
Roseli de Araújo
Escritora e psicóloga clínica
Gostei amei , é um texto muito real.
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