Sobre a mesa uma roseira amarela. Seu aspecto muxo e
escuro, revela uma flor sem vigor.
Aproximo. Descubro que o caule rente ao botão está em
processo moribundo a anunciar a morte na bela flor que despontou.
Do outro lado da mesma roseira um botão pendido, toco na
tentativa de salvá-lo, mas o caule rente ao botão se vergou impedindo que a
seiva corra.
Fiquei a contemplar duas flores interrompidas em seu curso.
Até que meu olhar se deteve sobre um botão viçoso com
folhas novas e vi que lá a morte não apagou a beleza da vida que estava
presente.
E percebi que assim eu sou.
Trago um corpo que adoece e se dobra ao tempo. Mas, também um
Espírito a me soprar a vida, não me deixando murchar e nem perder a cor.
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