Como eu queria que você aceitasse
o que eu tenho para dar. É tudo o que tenho. E aos meus olhos é o melhor. Mas,
quem sou eu, para saber qual é o seu melhor? Cabe a cada um a tarefa de viver.
Como eu queria que não corresse
tantos perigos, ao ver seu corpo já com as marcas do tempo. Mas, quem sou eu,
para preservar em você o seu corpo? Cabe a cada uma a tarefa de saber os seus limites.
Como eu queria que o seu futuro
fosse, sem maiores quedas e perdas do que já viveu. Mas, quem sou eu para intervir
em sua rotina, por medo do que pode vir a ocorrer, sendo que o presente da sua
vida, só pertence a você? Cabe a cada um viver o que lhe traz sentido.
Descubro em mim, uma ansiedade
frente ao futuro, querendo forçar no presente, uma vida que você não quer viver.
Ela não nasce do desejo de impor o que penso. Ela nasce do meu desejo que seja
feliz. Mas, tenho aprendido que a régua da felicidade é como as impressões
digitais.
Então, com respeito eu olho para
sua vontade. Abro mão do controle do incontrolável. E volto a paz disponível, hoje.
Roseli de Araújo
Psicóloga Clínica e Escritora
É doloroso ver quem se ama sofrendo por vontade própria. Um alerta pra nós que logo mais também precisaremos ser cuidados por alguém.
ResponderExcluirNão é fácil, as é incompreensível para quem viveu em liberdade passar a conviver com limitações, não é fácil para quem sofre, não é fácil para os que querem aliviar o sofrimento. Muito bom o texto!
ResponderExcluirMaravilhoso texto! Nos remete ao exercício da aceitação radical!
ResponderExcluirSabemos que é muito verdadeiro esse texto
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