2025.
Vasculho. E fico sem encontrar dentro de mim nenhuma
pergunta para este início de ano. Parece estar claro o que deve ser feito.
Percebi que não preciso de novos planos. Antes, careço de
rever com cuidado os velhos e avançar neles.
E a palavra que me desafia diante do que ainda não foi
feito, é sempre a velha e boa disciplina. Não sei você, mas assusto-me com o
quanto é fácil compreender sua importância, tanto quanto é difícil de fazer
dela, o feijão com arroz, de todo o dia.
A verdade é que a impressão que tenho é que são muitos os
leões para serem mortos em um só dia... E o passar dos anos tornou muitos deles
ainda mais difíceis de serem vencidos. Entretanto, ao fitar a arena da vida,
descubro que a primeira ação que desejo não é mais matar leões.
Sinto precisar mais, muito mais, de erguer os
olhos. Fitar os céus. Matar minha velha natureza e alinhar meu coração
com a boa, perfeita e agradável vontade do Pai1.
Não estou aqui a defender uma vida sem alvos. Longe
disso!
O que desejo é aprender com a morte, esta professora
implacável, a passar a página de projetos fúteis e remir o tempo, de forma que
a minha vida se revista do que é eterno.
2025.
Meu anseio é tarefa árdua. Contudo, sei que não estou sozinha.
Escritora e Psicóloga
Roseli de Araújo
Referência:
1. Romanos 12:1